quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A perda de um bom amigo...

Uma má noticia chegou-me hoje da Urra. O meu amigo Pacheco, que se encontrava hospitalizado já à algum tempo nos cuidados intensivos em Portalegre, faleceu.

Não me vou prolongar em detalhes da doença, ou qualquer outra coisa triste, pois acredito e defendo que as recordações que nos têm que ficar de alguém são as que definem a pessoa durante a sua vida, e não os seus últimos momentos.
Sendo assim, quem era o Pacheco. Provavelmente uma das pessoas mais conhecidas da Urra. Era um individuo bem disposto, sempre com o seu sorriso característico e com uma graçola para dar e vender. Encontravamo-nos sempre quando ia a Urra, e sempre gostava de saber novidades minhas aqui por terras escocesas, principalmente no que se referia às meninas daqui. Mas sempre com bons conselhos, dizia-me ele: "Estima a tua namorada. Ela é Catarina como a minha esposa que Deus tem, e por isso deve ser boa pessoa".
O Pacheco era ainda um poeta, com uma vasta colecção de poemas escritos e recitais feitos ora em eventos, ora no café ou até mesmo na rua. Sempre que a ocasião pedia um verso (ou não) tinha sempre um preparado.

Como acontece quase sempre nestas alturas de perda, fica-se sempre com a sensação que ficou algo por dizer, ou que não se passou o tempo suficiente com a pessoa. No meu caso não é diferente. Tenho pena que desta ultima vez que estive na Urra, não ouvi por uma última vez: "Olha o meu amigalhaço João Miguel"!
Aqui fica a única foto do amigo Pacheco que tenho comigo. Os dois grandes amigos, o meu tio Celestino (esquerda) e o Pacheco (direita) no dia da minha queima das fitas em Faro.



Descansa em paz bom amigo!

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