domingo, 25 de maio de 2008

Contagem decrescente...


Meus amigos e leitores atentos deste blog.
É com grande alegria que vos informo que, acabo de entrar em contagem decrescente para as minhas férias do verão, ou melhor, parte delas, porque em Setembro há mais!

É verdade. A altura escolhida foi de 25 de Junho a 08 de Julho, e acabo de descobrir que ainda vou a tempo de assistir a alguns jogos do Euro em Portugal! Maravilha...a ver se a selecção das quinas lá chega!!
Força Portugal :)

domingo, 18 de maio de 2008

Um dia em Knockhill...

O inicio do mês de Maio trouxe um turbilhão de coisas novas para a minha vida aqui por terras dos homens de saias. A mudança para a casa nova (que de nova não tem nada, não só por ter sido construida há uns anos atrás, mas também porque já aqui tinha vivido) e a minha nova vida sem Catarina, alteraram todas as minhas rotinas até então!
É verdade. Estou de volta, e após uma grande coincidência, a casa do Ian!
Fico com muita pena de ter saido da outra casa, não só pelas condições, como pela localização, mas sem dúvida que a casa do Ian foi a melhor opção que tomei quando tive que escolher.
E foi num dos primeiros fins de semana de Maio que recebi um convite para ir com os amigos Tiffany e Richard ao circuito de Knockhill!

http://www.knockhill.com/

O Richard que tem um Lancia xpto, com um motor ainda mais xpto, e é adepto da condução a alta velocidade ia participar numa dia livre que fazem no circuito, onde qualquer pessoa que se inscreva (e pague) pode levar o seu carro e guiar na pista. Escusado será dizer que o nível dos carros lá presentes era alto, desde Ferraris a Lotus havia de tudo um pouco.
O dia começou cedo, e foi animado. Não só por vários despites, devido à chuva que se fez sentir de manha, e que me intimidou de seguir o plano inicial, que era entrar no carro com alguns dos pilotos. Como também por várias manobras elaboradas pelos pilotos mais ousados.
Foi uma tarde diferente e divertida.

sábado, 10 de maio de 2008

A despedida da Catarina :(

2 dias após a visita do Joel e da Lena, chegou o dia de mais uma separação entre mim e a Catarina!
Não quero escrever muito acerca disto porque me entristece, digo apenas que foram seis meses muito bons. A nossa vidinha a dois é excelente, e a nossa rotina Escocesa também o foi. Vivemos muitos bom momentos (alguns relatados aqui outros mais para o confidencial), mas ce la vie!
A Catarina deve direito a duas festinhas de despedida. A primeira com os amigos de Glasgow, onde depois de um bom jantar num restaurante japonês se seguiu um bom chocolate quente num dos bares das redondezas de nossa casa. A segunda, mais a dois, consistiu num jantarzinho à luz de velas na nossa casinha que tantas saudades nos deixa.
A minha relação com a Catarina, e agora é para a nostalgia, remonta a Agosto de 2005, quando nos conhecemos pela primeira vez numa das lendárias festas Terrace Fantastich em Faro. A partir dai começaram por ser uns encontros casuais no messenger e à noite no Liquidus e BA, mas depressa deixou de ser casual para passar a ser intencional :)
O problema, é que eu estava de partida para a Noruega e depois para o Brasil! Esta foi a nossa primeira separação! Superou-se, muito às custas das visitas que a Catarina me fez quer na Noruega quer no Brasil, onde muitas histórias há para contar, mas que infelizmente, não há blog para as relatar.
A minha volta do Brasil trouxe o ano de ouro da nossa relação! Alugamos uma casa e vivemos em Faro. Foi muito bom!
Mas a falta de projectos no trabalho e a constante falta de dinheiro fizeram-me dar o passo que contribuiu para mais uma separação...mudar-me para a Escócia!
Assim tem sido a nossa vida. Mas se há quem diz que as relações à distância não funcionam, no nosso caso, pelo contrário, as distâncias têm reforçado ainda mais o sentimento, o que nos faz aproveitar cada momento que estamos juntos melhor, sempre com a esperança que um dia não hajam mais separações.
E por aqui fico...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

A visita do Joel e da Lena

Com o fim do mês de Abril próximo, mudanças gigantescas na minha vidinha escocesa estavam para breves. Primeiro o meu contrato de casa não foi renovado por mais uns meses como era de minha vontade, pois o meu senhorio queria voltar para o seu lar. E depois a Catarina já tinha comprado o seu bilhete de regresso a Portugal, onde o seu trabalho, família e amigos a esperavam. Mas antes de toda essa confusão tive as minhas 2ª visitas de Portugal...o amigo Joel e a amiga Lena!

O Joel foi meu camarada de armas no mestrado, e desde o primeiro dia em que o vi ficamos amigos! A partir dai, desde a aventuras em Faro passando por aventuras no Brasil, já vivemos muita coisa.
E Glasgow seria mais uma.
O tempo deu umas tréguas, e até houve dias com bastante calor, mas claro, só para mim e para a Catarina, que sobrevivemos ao Inverno...agora para a Lena, e principalmente para o Joel, temperaturas de 10ºC não são propriamente quentes!
Passeamos por Glasgow, onde fizemos o roteiro do costume (como o vou chamando), Buchanan Street, Sauchiehall Street, West End, Botanic Gardens, Kelvingrove park (e este Kelvin não é o Klein :) )
etc...
As noites foram animadas, com muita galhofa, garrafas de vinho a mistura e uma passagem obrigatória por alguns dos pubs e night club da Merchant City.
Edimburgo também fez parte do roteiro.
O ponto alto da visita foi sem dúvida o Sábado à noite, onde após um bom repouso, nos preparamos para sair à noite! A coisa começou logo bem quando ao pedir um táxi, e após dizer o meu nome a menina ao telefone responde assim:"Whatttt??? (Que?????)" Ora, perante isto, "Just call me John" (Chama-me John), foi o melhor que me ocorreu! A partir dai foi de mal a pior...
Fomos até aos The Arches, que para um bar nomeado entre os 10 melhores do mundo, não é lá muito fácil de encontrar. Após algum tempo a deambular lá demos com aquilo, ás 23:30h, e o bar fechava à 00:00h, foi beber uma cerveja a correr e ala. Entretanto ficamos a saber que o bar se divide em várias zonas, e procuramos a que fechava mais tarde! O ambiente era muito à frente! A musica era Techno, e a fila para entrar e o preço do bilhete fizeram-nos pensar duas vezes se era ali que queriamos ficar! Decidimos ir até ao Karbon (que também já foi referido aqui em posts passados). Ora ai foi o culminar.
O Sábado à noite aqui é o dia de sair! Mas é sair com glamour, com classe! As meninas aperaltam-se até às pontas dos cabelos e o meninos também. Resultado, nós destoavamos daquela gente toda! Resultado: "To casual for a Saturday night" (Vão para casa mendigos). Foi o que ouvimos à porta do Karbon...e estas palavras ainda hoje ecoam na minha cabeça!
Após isto, o Domingo foi o relax! Fomos a feira, passeamos no Glasgow Green, demos a ultima voltinha à Buchanan Street para as meninas fazerem umas comprinhas, e pronto, num instante se passou um fim de semana diferente com os amigos de Portugal.

terça-feira, 6 de maio de 2008

O Norte da Escócia...

Acho que se me pedissem para resumir o norte da Escócia (Highlands como lhe chamam aqui) três palavras seriam decerto incluidas neste resumo:

- Montanhas
- Lagos
- Ovelhas

Muitas montanhas e ovelhas há para estes lados :)
Pois as ovelhas são tantas que tem que ser consideradas em muitas situações de estrada como peões, isto quando elas não pensam que a estrada é toda delas, (que também aconteceu) e o pessoal tem que encostar para deixar passar as ovelhas gordas com os seus cús barzabús!! Enfim, vamos começar de principio.
Desde que vim para aqui que toda a gente confirma que a parte mais bonita da Escócia são as highlands. O amigo Tiago, que no ano passado me visitou depois de uma roadtrip por lá, vinha carregado de boas histórias e descrições de belezas naturais a não perder. Assim sendo o objectivo de dar um pulinho a essa região foi ficando cada vez mais marcado! Entretanto com o inverno a coisa acalmou, pois a neve, o frio, e os dias cada vez mais pequenos impossibilitavam qualquer viagem. Até que Abril entra, os dias ficaram maiores e o tempo deu umas tréguas. E, depois de um belo roadtrip ao Sul da Escócia que abriu o apetite para mais, lá os pombinhos começaram a tomar atenção ao tempo a Norte, que com muita sorte fica totalmente bom...
Ora um belo dia, toma-te!!! Previsão de um fim de semana solarengo e com temperaturas acima dos 10ºC (que é o limiar do calor abrasador por estas bandas). No sábado as 7:30h estávamos de malas feitas para partir. O plano da viagem, como já vai sendo costume nos meus posts, é retratado no google earth. De máquina fotográfica nova na mão (a velha tinha pifado na outra viagem) estava pronto para fotografar as paisagens que me iam aparecendo! E foram tantas...
A primeira paragem foi Loch Lomond. Já tinha dedicado há uns posts atrás umas linhas a este lago da Escócia, mas o que é um facto é que não o vimos como desta vez. O céu nublado e cinzento e a chuva da outra vez, deram lugar a um dia de primavera lindo.

Depois veio Glencoe. Este é o mais famoso Glen (vale) da Escócia. É um local famoso para os amantes do ski, escalada e trekking. Foi também, para os interessados, um dos cenários do filme "Harry Potter e o Prizioneiro de Azkaban". As paisagens são incriveis, e para se chegar a pequena vila de Glencoe nas margens do Lock Leven temos que atravessar uma estrada que fica no meio de um vale glaciar que "rasga" aquelas montanhas ao meio! Imaginem... As fotos que aqui ficam não conseguem descrever 1/3 da sensação de passar num lugar assim.
Passados mais uns quilómetros, e muitas fotografias, o Ben Nevis foi a nossa próxima paragem.
Ben (montanha) Nevis é a montanha mais elevada da Grã-Bretanha, e também ela é um ponto obrigatório para alpinistas e caminhantes nestas paragens. Nós não tivemos lá em cima, pois é preciso, para além de um guia, bastante preparação física e umas boas 8h a subir, mas está nos meus planos, e qualquer dia deste vai haver um post dedicado a subida do Ben Nevis.
Existem duas formas de entrar na ilha de Skye, ou de ferry através de Mallaig ou através da ponte de Lochalsh. Nós preferimos a ponte para passar em mais um Glen de fazer respeito, Glen Shiel. Há medida que subiamos o tempo foi-se começando a enublar, e quando passamos por Glen Shiel as muitas nuvens já tapavam o céu e não anteviam nada de bom. Mas quanto mais nos aproximavamos da ilha de Skye, local onde pernoitámos nesse dia o sol vencia as nuvens, e uma linda tarde nos aguardava. Passamos pelo castelo de Eilean Donan nas margens do Loch Duich, outra atracção turística da Escócia, e que parece construido em lego. E pouco tempo depois a ponte para Skye já se avistava.
O nosso poiso em Skye chamava-se "Saucy Mary's". O dono era um gajo todo descontraido, que depois de termos pago o alojamento e largado as malas no quarto, nos indicou logo um sitio onde comer.
Mais valia ter ficado calado. Lá fomos pelos conselhos dele, lá fizemos uma refeição...vamos dizer, escocesa de mais para o nosso gosto e estômago refinados...
Depois do almoço, seguiu a primeira parte da exploração de Skye, a parte sul da ilha! Mais relaxados partimos a descoberta. Munidos de GPS (que pouco ajudou) logo andamos perdidos para tentar encontrar um castelo que o nosso guia da Escócia (emprestado pelo amigo Tiago) nos aconselhava. Entramos por estradas secundárias em que mal cabia lá um carro, e no meio de ovelhas e cabras que saiam de todos os lados, lá conseguimos chegar á civilização e demos com o abençoado castelo, que por ironia do destino, era uma ruina. Tinha ardido há uns anos atrás.
Sorte, e que a porteira do castelo, visto já se estar a aproximar a hora de fechar, nos deixou entrar na propriedade sem pagar...porque senão tinham as libras que começar a funcionar aussi.
O resto do sul da ilha é um misto de montanhas e mar. Os tons de castanho escuro e a luz do sol dão-lhe um ar térreo muito acentuado...uma beleza diferente da que nos relata os guias e as várias páginas da internet que visitamos na preparação da viagem. A primavera tinha começado à pouco.
O dia de Sábado terminou com um por do Sol algures na ilha, e o estômago a pedir carvão!! E nada pior para quem está com fome do que jantar caro e a comida não prestar. Foi o que se passou. Paramos no caminho da pousada num hotel para comer, e depois de o dono nos questionar acerca da nossa nacionalidade e dizer que tinha havia 2 portuguesas lá (uma empregada outra hospede) lá nos serviu um dos piores jantares que já comi, arroz de cogumelos (que, pela descrição no menu era o que de melhorzinho lá havia). Um arroz insonso, os cogumelos a nadar em natas em cima do arroz, e voilá ali estava o nosso jantar. Arghhhh!
O dia de domingo amanheceu cedo para os viajantes. Ainda nos restava uma boa parte do percurso para fazer, e tinhamos que começar quanto antes. Com muito esforço por parte da Catarina lá houve o compromisso para o relógio tocar às 06:30h para no máximo as 7:30h rumarmos em direcção a Portree, a ao norte de Skye.
Portree é a maior cidade de Skye, e fica numa baía no centro da ilha. Como chegamos muito cedo não havia ninguém na rua, mas pelo tamanho do sitio também não parece que viva lá muita gente. É um local mais procurado para férias. No entanto não podemos deixar de visitar o ponto de referência de Portree segundo o nosso guia. O porto colorido!
A paragem em Portree foi curta, e logo nos fizemos à estrada. Havia ainda muito que ver na ilha, e depois no continente. As paragens seguintes foram no Storr (um planalto basáltico que devido à erosão se ergue a 49m do solo) no Quiraing (mais malandrices da erosão que pôs a nu mais um planalto vulcânico), a queda de água de Kilt Rock, um penhasco de colunas de basalto hexagonais cujo nome deriva da sua semelhança com os padrões do tradicional traje escocês. A volta à ilha completou-se ainda durante a manhã, e, depois de passarmos na pousada para entregar a chave, rumamos a Inverness e ao Lago Ness.
No caminho fomos aos poucos notando que a paisagem natural já se suavizava mais um pouco, e até era possível encontrar florestas e planícies onde o famoso gado das Highlands (uhhhh angus que delicia) na paz ia pastando. E passadas poucas horas (sim, porque desta fez já não tirei fotos), e um bom almoço (para variar nesta viagem) o lago Ness estava perante nós!
O lago Ness está rodeado de misticismo. Históricos avistamentos de um suposto monstro pré-histórico, que muitos defendem que por lá se esconde, até fotografias do suposto animal (cuja veracidade se põe em causa) alimentam a lenda do Nessie. Esta lenda para além de alimentar os cofres do governo escocês (que por sua fez me pagam no final do mês) através das receitas do turismo, já deu azo a várias expedições cientificas em busca da veracidade ou não do referido animaleco.
A viagem continuou até Inverness, onde decidimos passar pouco tempo a passear para podermos evitar a autoestrada para Glasgow, e tomar um caminho mais bonito, sugerido pela empregada do restaurante onde tinhamos almoçado. E que bela sugestão!
Mas antes quisemos passar pelo Cawdor Castle, casa da personagem Macbeth de Shakespeare, e um dos castelos mais românticos das Highlands. E dar com aquilo? Quantas voltas ás rotundas, quantas vezes fomos para trás e para a frente à procura da indicação. Quando finalmente encontramos alguém para perguntar, tivemos a noticia que estava encerrado para recuperação. Pumba! Ainda tentamos por lá passar, para mesmo ao longe tirar uma foto. Mas como quase todos os castelos daqui, este também estava bem escondidinho, ainda assim não se tirem fotos sem se pagar bilhete!! Forretas dos escoceses!!!
Ora e já nos dirigindo para sul, e seguindo a sugestão de irmos por um caminho mais agradável à vista que a autoestrada, fizemos outra das partes mais bonitas da viagem, atravessamos o Parque Nacional das Cairngorms! Mais montanhas! Este pedaço da viagem, para além das paisagens, permitiu-nos ainda tomar contacto com neve e com um casal japonês que no meio daquele nada andava a procura de uma bomba de gasolina...de mapas na mão! Abençoado GPS!
Com a noite a aproximar-se a passos largos, subimos até Glenshee e descemos em direcção a Perth. Entre Glenshee e Perth também fizemos um troço de caminho bonito, com muitas florestas e rios. Deixou vontade de por lá passar novamente.
De Perth a Glasgow foi um saltinho na autoestrada, com o qual acabou o nosso passeio pelas Highlands. Vimos muita coisa, mas ainda mais ficou por ver!

Ahhh e podem perguntar vocês: "Atão mas oh João pá, montanhas e lagos mostraste, então e as ovelhas???" Pois aqui ficam duas fotos das ditas cujas, mas muitas mais existem:




Comentário da minha amiga Lisa da Nova Zelândia: "Tu não sabes o que é muita ovelha!!! Eu moro no país em que por cada habitante há 10 ovelhas."

MEDO

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O Sul da Escócia...

Com o tempo lentamente a mudar (muito lentamente) alguns dias de sol que venham têem que ser aproveitados e intensamente vividos, principalmente depois de um rigoroso inverno.
Por isso, assim que o Metoffice (o equivalente aqui ao Instituto de Meteorologia) previu bom tempo num sábado, foi logo planeada uma roadtrip.
Pior é que o bom tempo era só para metade do dia, e para o Sul da Escócia! Sempre quis começar por conhecer o norte, mas é mais difícil arranjar bons dias para o fazer (mal eu sabia...)
Mas enfim...sol é sol...e eu e a Catarina fizemo-nos à estrada, "e o sul da escócia não é assim tão mau, há muitos castelos" dizia eu. O mapa ilustra o percurso feito e ainda o tempo que apanhamos pelo caminho. E é interessante, por foi desde sol tipo verão, passando por chuva tipo trovoada, até neve!!! Num dia as 4 estações. Típico clima escoceses!
O primeiro destino foi Greenock na costa oeste. Greenock é um importante porto pois encontra-se na desembocadura do rio Clyde, rio este que passa pelo centro de Glasgow e liga o Atlântico a toda a indústria naval da cidade. Depois seguiu-se um tour junto à costa pelas maiores cidades costeiras. Largs depois Ardrossan, e entre Ardrossan e Troon, o primeiro castelo, Culzean Castle. Decidimos investigar. £12 por pessoa (16€) para entrar no parque que dava acesso ao castelo (2 km depois). Ora foi logo uma barreira. Era um bom investimento se nos apetece-se passar um dia inteiro no castelo e arredores, mas como havia ainda alguns km a percorrer decidimos esperar pelo próximo castelo que desse para ver...nem que fosse ao longe. Seguiram-se Troon, Ayr e Stranraer. Nesta última reforçamos o estômago com um bom almoço, e aproveitei para provar pela primeira vez Haggis. Haggis é um dos simbolos da Escócia, e consiste em miúdos de carneiro condimentados e farinha de aveia barradinho em um delicioso molho de whisky. Foi comer até cair para o lado!
A viagem continuou, agora com um objectivo, ver alguns castelos. Dirigimo-nos a Isle of Whithorn onde eu profanei (sem querer) um memorial em homenagem a várias pessoas (não me lembra os seus feitos ou desventuras de momento), que era um banco que até dava uma bonita foto. Só quando estava lá sentado é que vi a dedicatória (afinal as flores não nasceram ali).
Pouco tempo depois numa rotunda, 2 placas para 2 castelos...A nossa sorte começava a mudar! Threave Castle para a esquerda e Castle Douglas para a direita. Pensamos, vamos a um e depois a outro! O caminho para o Threave Castle era no mínimo bizarro. De repente passamos de uma estrada alcatroada para uma de terra batida, com ovelhas por todo lado..."Entramos numa propriedade privada sem querer" foi o meu pensamento, "Enganamo-nos". Mas o que é certo é que as placas indicavam em frente para o castelo, e em frente nós fomos. Chegados ao fim da estrada percebemos. O Castelo é propriedade privada, e mais uma vez la tinhamos que pagar para ver o castelo, mais andar umas 2 milhas para lá chegar! Sim porque nesta terra os castelos estão bem protegidos e longe da vista, não vá alguém tirar uma foto sem pagar. Olhamos um para o outro, e decidimos ir ver do outro. Castle Douglas estava melhor sinalizado, e a estrada era fixe. Deve ser um grande castelo pensamos nós. Andamos, andamos, até que de repente: "Welcome to Castle Douglas"...era uma terriola! Com uma boa parte do Sul percorrida, decidimos regressar à base, e passar o domingo no relax. Foi então que o tempo nos surpreendeu...chuva, e mais chuva!
E foi já no regresso a Glasgow que aconteceu a coisa mais irónica da viagem (agora que penso nisso). Perto de Thornhill outra placa para um castelo nos surgiu na estrada! Seguimo-la na esperança. Ovelhas a monte no caminho até lá, e de repente avistamos o castelo. Não tivemos que pagar para o ver!!! O pior é que a máquina fotográfica pifou! E por isso fotos não há! Culminou com uma risada a nossa caça aos castelos do Sul da Escócia.
E foi depois de Thornhill, e antes de apanharmos a autoestrada para Glasgow, que nos deparamos com a melhor paisagem da viagem. Um dos muitos imponentes vales glaciares da Escócia. E que arrebatadora era a paisagem! Sem máquina fotográfica, recorremos ao telemóvel para gravar o momento. Depois de tudo isto, ainda faltava uma tempestade de neve na autoestrada para Glasgow, para nos lembrar que estamos num dos países mais a norte da Europa, e que isto não é para meninos!!
Falta o Norte.